Cada vez mais o sentido da decência e do pudor estão pervertidos e arredados dos elementares princípios que devem nortear o comportamento do ser humano, enquanto parte de uma comunidade.
Em nome da liberdade cometem-se os mais ignóbeis e inverosímeis actos de atentado ao pudor e dignidade do ser humano. Esses actos em nada dignificam quem os pratica e, ao contrário do que pensam os intervenientes, são um atentado à liberdade dos outros, porque colidem com um princípio básico que é “a minha liberdade termina quando começa a tua”.
Hoje, domingo dia 7 de Junho, dia de eleições para o Parlamento Europeu, assisti a um episódio que me indignou não só pelo acto em si, mas também porque me coartou a minha liberdade enquanto cidadão e utente do Ginásio/ SPA que habitualmente frequento.
Depois de ter feito a minha marcha na passadeira e como a piscina estivesse lotada naquele momento, fui para a piscina de lazer e jacuzzi. Para meu espanto estava um casal de jovens ( macho e fêmea, nos tempos que correm é bom que sejamos claros) no jacuzzi enleados um no outro, boca na boca e com movimentos característicos e típicos de quem está a fazer sexo. Passei, fui banhar-me nos chuveiros, voltei a passar e nem deram por mim de tal maneira estavam concentrados no acto.
Na piscina de lazer encontravam-se mais três pessoas que se deleitavam com o borbulhar dos jactos que emergiam do fundo da piscina e estavam em posições abdominais ou sentadas não tendo visibilidade para o jacuzzi. Sómente quem estivesse de pé e atento ao episódio que se estava a passar podia decifrar a cena caricata que os dois jovens, alheados de tudo e de todos, continuavam a executar com prazer.
Sem saber bem o que fazer numa situação como esta resolvi estender-me de costas sobre os jactos de borbulhas que me mantinham à superfície enquanto pensava e desviava o olhar de tão ridículo acontecimento.
Enquanto saboreava os gorgulhões de água vindos do fundo da piscina, e como era a pessoa que estava mais próximo do jacuzzi, ouço um Aaaaahhh!!! de prazer soltado pelo macho, abafado pelo borbulhar da água, imperceptível aos restantes elementos que se encontravam na piscina. De imediato levantei-me e pude ver os dois, um para cada lado do jacuzzi, com as cabeças apoiadas na beira voltados para cima, numa atitude de quem estava exausto mas satisfeito.
Ninguém mais se apercebeu do sucedido (penso eu) e resolvi sair da piscina e nem sequer pensei esperar que o jacuzzi ficasse livre daqueles intervenientes. Fiquei enojado só de pensar que talvez já me tenha banhado em águas tão imundas como estas depois destes dois seres as terem conspurcado com os odores e dejectos de sémen e de outras mucosidades próprias do acto de cio que acabavam de praticar.
Isto fere os mais elementares direitos do cidadão e vai de encontro aos princípios de liberdade que todos devemos preservar e cultivar. Não estou contra o acto em si, é salutar e próprio de dois seres jovens de sexos diferentes, mas estou contra a forma e o local em que o praticaram, indo de encontro aos mais elementares princípios de pudor e salubridade públicas.
Não sei se a câmara apontada para o jacuzzi, aí colocada para visualizar possíveis acidentes que possam ocorrer (e não só, como podemos constatar) estava ligada. Vou indagar nos próximos dias para meu bem e de todos quantos utilizam este espaço de lazer, procurando desta forma salvaguardar acontecimentos futuros desta natureza ou semelhantes que violem os direitos dos outros.
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