sábado, 28 de novembro de 2009
MUDANÇA
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
"OS DONOS DO MUNDO"
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
O DEVER DO DEVER
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
O CENTRÃO
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
GANHAR E PERDER
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
EMPREGO/TRABALHO
domingo, 6 de setembro de 2009
INFLUÊNCIAS
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
PONTO DE VISTA
terça-feira, 25 de agosto de 2009
MULETAS
Muleta era também o nome dado a uma antiga embarcação de pesca à vela utilizada pelos pescadores do Seixal na pesca de arrasto no rio Tejo.
Estes significados estão correctos, porém, em sentido figurativo costuma-se aplicar o termo muleta como o apoio dado a alguém para atingir um determinado objectivo, profissional, social, económico, etc.
A sociedade portuguesa, apesar de uma grande melhoria verificada nos últimos tempos, vive ainda vinculada a este vício que se instalou nos diversos sectores e níveis sociais e culturais. Não posso precisar em que época começou este fenómeno que tem persistido nos usos e costumes. É cultural e foi relevante e decisivo em certas épocas e momentos da nossa história.
Ainda há pouco tempo, antes do 25 de Abril, quem não tivesse uma muleta (vulgo cunha), dificilmente conseguia arranjar um emprego, mesmo que tivesse algumas qualificações, académicas ou não.
Preteria-se o mérito e o valor pessoal em detrimento da "cunha" feita pelo sr. Dr..., pelo sr. General..., pelo sr. Almirante..., etc.
Muitos da minha geração ou foram vítimas ou utilizaram esse esquema. Os primeiros tornaram-se naturalmente contestatários, foram perseguidos e presos, mas, pós 25 de Abril, foram responsáveis político-partidários, chegando alguns deles a desempenhar altos cargos governamentais. Os segundos conseguiram cargos graças a essas "ajudas" milagrosas, foram alguns deles responsáveis pelo atraso a todos os níveis a que chegou o nosso país.
Não é promovendo o medíocre que se consegue progredir, antes é, apoiando e incentivando o inteligente e criativo que se obtém o sucesso.
As muletas foram e continuarão a ser assim um obstáculo ao desenvolvimento e progresso da humanidade.
Ninguém pode imaginar qual teria sido o desenvolvimento, social, económico e cultural do nosso país se esse estigma que o antigo regime protegeu e incentivou politicamente através do compadrio político não tivesse existido. Quem fosse a favor do regime estava garantido quem fosse contra estava tramado.
Não podemos avaliar, mas podemos comparar com os países que não foram vítimas deste sistema vicioso e analisarmos as diferenças culturais, sociais e económicas resultantes dessa actuação.
Actualmente, esse estigma que nos persegue, ainda está latente em alguns sectores da sociedade, pronto a proliferar se alimentado, como um cancro da sociedade, impedindo-a de atingir metas e objectivos que conduzam a sociedade aos mais altos patamares do desenvolvimento cultural, social e económico.
Neste dealbar do século XXI, não podemos cair na tentação, sob pena de ficarmos paralisados, tornando-nos nos trogloditas deste século.
Saibamos aprender a lição que a história nos ensinou.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
ROUPA SUJA
As campanhas eleitorais ainda não começaram e, todos os dias, os políticos nos brindam com esse tipo de linguagem, que em nada dignifica quem a utiliza.
Os que governam acusam os que estão na oposição pelo que não fizeram quando estiveram no governo, em vez de governarem sem arranjar alibís. Os da oposição, outrora governantes, acusam o governo de não fazerem aquilo que eles não conseguiram fazer quando estiveram no governo. Ficam de fora os que ainda não governaram ou, se já o fizeram, foi há muito tempo. A estes assiste-lhe o benefício da dúvida.
O povo português, já o demonstrou por diversas vezes, prefere jogar pelo seguro, não arrisca, tem medo de ficar refém, como aconteceu com a ditadura.
Talvez por essa falta de coragem em não correr riscos, nos vamos acomodando. Somos, como é costume dizer-se, "um povo de brandos costumes" e eu diria que somos um povo sem garra, sem vontade de sair do poço, acomodado ao lamaçal em que uns quantos políticos nos mantêem atolados sem nos podermos levantar.
Deixamo-nos enlevar pelas telenovelas políticas de " quem faz a quem", "quem disse o quê de quem", atentos ao televisor para ver os capítulos seguintes, que os media vão urdindo à sua bela maneira, tentando esticar a corda, especulando, porque isso lhe dá audiências, invocando sempre o interesse público em sua defesa.
Já vai sendo tempo do povo português dizer basta a este carrossel que não pára e em que os políticos se vão revezando e maldizendo uns aos outros mas sempre "amigos" porque, "hoje tu...amanhã eu..."
Às vezes dá a ideia que interessa alimentar esta novela para manter os portugueses distraídos dos reais problemas do país. Enquanto se discute o supérfluo, o mesquinho, evita-se falar no essencial, naquilo que interessa ao país e para o qual nenhuma força política apresenta solução válida e global. Fica-se sempre pelo hipotético e parcelar. Não se enfrenta a realidade e vai ao âmago da questão, porque isso não interessa, não dá votos.
Quando é que os políticos são capazes de dizer aos portugueses que o problema do país é cultural, é uma questão de princípios, de formação.
Ao longo dos tempos e mais recentemente, pós 25 de Abril, que fizeram os governantes para inverter esta matriz que nos afecta há séculos?
Poderão afirmar que é genético, que somos uma mistura de várias culturas e que temos de viver com esta identidade ancestral. E os outros povos do mundo também não tiveram uma miscigenação resultante do cruzamento através da movimentação das diversas etnias ao longo dos tempos?
Se à genética aliarmos a formação, que é um factor cultural, necessário ao entendimento e relacionamento do ser humano, conseguiremos mudar este cenário.
O que se fez de positivo em prol da cultura nos 35 anos que levamos de democracia? Pouco, muito pouco, comparado com aquilo que podia e devia ser feito. Não existe a nível dos responsáveis políticos um verdadeiro sentido de Estado. Não há uma aliança estratégica nas questões essenciais do país que se mantenha, independentemente da força política que governe no momento.
Quantos programas já foram feitos para o ensino em Portugal? Cada governo adopta um, fazendo dos alunos as cobaias.
Não existe um plano de fundo duradouro, que pode ser reajustado aos tempos, mas que mantenha os princípios básicos de toda a formação necessária ao desenvolvimento do ser humano.
O velho ditado "é de pequenino que se torce o pepino", eu diria, é de pequenino que se molda o carácter e a personalidade da criança, dando-lhe referências para a vida, sem coartar o direito que assiste a todo o ser humano de ser livre, deve ser aplicado na íntegra para bem de Portugal.
Deixemo-nos de lavar roupa suja, porque esse é um hábito cultural desprezível. Tratemos, cada um de nós, de fazer um bocadinho por melhorar esse defeito que herdamos. Desta forma estaremos a contribuir para melhorar a nossa forma de estar no mundo e consequentemente vivermos em harmonia e paz.
Alguém disse que "...o ser humano instruído é evoluído...", contribuamos para isso todos, a começar pelos políticos que devem dar o exemplo e tomar decisões correctas.
Reparemos no Presidente dos Estados Unidos Barack Obama que lidera a maior democracia do mundo. Estou esperançado que esse país vai sair da crise rápidamente, para bem da humanidade, porque os Americanos perceberam que o George Bush os tinha levado ao fundo do poço e tiveram a coragem de eleger alguém que lhes dá garantias de honestidade e trabalho, porque queiramos ou não, sem trabalho nada se consegue.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
INSATISFAÇÃO
Isto vem a propósito de uma situação real que estou a constatar neste momento, em que me deleito, despreocupadamente, na esplanada da praia do Coral, vendo um indivíduo de cerca de 50 ou mais anos, que se movimenta de um lado para o outro, senta-se, levanta-se e olha insistentemente para um casal que se encontra a meu lado, de cerca de setenta anos ou mais, como querendo comunicar-lhes qualquer coisa.
Aos poucos, e sem querer, fui-me apercebendo que o indivíduo apresentava uma deficiência não muito visível, porque não era física, mas do foro psicológico.
Pareceu-me e confirmei-o daí a pouco, tratar-se de uma pessoa que apresentava sinais indeléveis de demência, que pude detectar quando a senhora lhe indicou um barco que saía a barra, era um veleiro; ele, titubeando, foi dizendo que era um barco de pesca e mais umas quantas palavras desconexas.
Constatei que era calmo e, à parte os sinais que referi, apresentava uma postura simpática e meiga, sinal que recebia afecto e carinho, mas que tinha estima e respeito pelas pessoas com quem lidava. Ficava focado nelas, como uma criança que não larga os pais com medo de perdê-los; era uma criança grande.
Reparei que o senhor levantou-se para ir à casa de banho e o indivíduo seguiu-o com o olhar e estava constantemente a olhar para a porta por onde ele entrou, só desviando o olhar quando ele saiu, mostrando um ar de satisfação.
Não me consegui aperceber se era filho do casal ou um irmão mais novo de algum deles. Para o caso este pormenor é de somenos importância.
O senhor mais idoso perguntou-lhe: - Vamos para o hotel? Ao que o mais novo respondeu:- Está bem! E, logo que a senhora chegou, vinda da casa de banho, lá foram.
Veio-me então à ideia que a maior parte das vezes nós, aqueles que temos filhos ou familiares saudáveis, sem problemas físicos ou psicológicos, portanto seres normais, estamos insatisfeitos ;ou porque eles são irrequietos ou preguiçosos; ou porque não comem ou comem demais; ou por isto ou por aquilo...!
Costuma-se dizer: - "a cada um a sua cruz". Este casal tem a cruz deles, não parece muito pesada aos nossos olhos, mas é a cruz deles, somente eles a poderão avaliar.
Todos temos problemas, uns mais outros menos consoante o nosso estado de alma e a nossa disponibilidade e receptividade para encarar as situações.
O importante é valorizar cada momento da vida considerando-o o mais importante em cada instante.
Se assim procedermos viveremos em paz e felizes com aquilo que temos.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
UM MUNDO MELHOR
Todos nascemos com uma genética própria, ímpar, em nada igual a qualquer outro ser humano.
É nesta diversidade genética que está contida a força da humanidade. Se completarmos esta herança genética com uma formação adequada e voltada sempre para os elementares princípios que devem reger todo o ser humano, estamos seguramente a contribuir para o fortalecimento e manutenção da humanidade. Inversamente, se à herança genética aliarmos uma formação (educação) baseada em maus princípios, desviantes duma conduta correcta das bases orientadoras da humanidade, estamos a contribuir para tornar o mundo um local impróprio para viver, destruindo-o.
Os grandes homens que dedicaram a sua vida a praticar o bem em prol da humanidade, jamais serão esquecidos.
Na nossa aldeia, no nosso bairro, na nossa rua, quando morre alguém que pautou a sua vida por praticar boas acções e fazer obra em prol do seu semelhante, desinteressadamente, costumamos dizer, lembrando-o: - "Era um bom homem ou uma boa mulher...";"Como ele(a) não aparece outro(a)..."
Alguns deles são reconhecidos ainda em vida pelos seus feitos. Poucos infelizmente. Normalmente só depois de mortos lhe damos valor. É assim o ser humano, ingrato para os que abdicam muitas vezes do seu bem estar pessoal, partilhando as qualidades natas ou riqueza pessoal em prol dos outros.
Quantas vezes os julgamos em vida, "Fulano podia fazer mais..." ou "Se fosse eu não fazia assim..." ou ainda "Ele não faz porque não quer..."
Aos artistas, por exemplo, avaliamos e comentamos, desdenhando a sua obra com frases deste género: "Que grande porcaria, já vi melhor..." e aponta-se defeitos como "Que estátua feia, também podia dar-lhe outro rosto...", esquecendo-se que o escultor passou horas a pesquisar para dar um aspecto o mais próximo possível da época em que as figuras representadas na estátua viveram.
A diversidade de cada um de nós dá-nos o direito à diferença mas jamais nos deve levar ao comentário jocoso ou injusto, isso só denota má formação, ignorância dos princípios básicos que regem a humanidade.
Se cada um de nós souber aproveitar o potencial genético com que nascemos, tendo consciência que as acções ficam com quem as pratica, e se aquilo que fizermos for no sentido positivo, então estaremos a transformar o mundo, tornando-o melhor.
sábado, 1 de agosto de 2009
DIREITOS E DEVERES (II)
Esta frase, como muitas outras com que ele procurava educar os filhos no bom caminho da honestidade, amizade, solidariedade, etc, constituiu um lema em toda a minha vida.
Hoje, já avô, transmiti aos meus filhos esses princípios e procuro passá-los aos meus netos, como forma de cumprir um dever dos mais velhos, perpetuar os bons princípios educacionais e civilizacionais, alicerces de um mundo justo e melhor.
Se todos nós cumprirmos estes princípios que sustentam o edifício universal do mundo, estamos certamente a contribuir para a sustentabilidade da paz no mundo.
Nos tempos que correm, lamentavelmente, cada vez cumprimos menos com os nossos deveres e só exigimos direitos, na maioria das vezes a que não temos direito, porque primeiramente não quisemos assumir os nossos deveres enquanto cidadãos do mundo.
O lema dos tempos modernos é exigir antes de cumprir, quando devia ser o inverso, cumprir para depois poder exigir.
Cada vez mais é necessária uma educação para a cidadania que passa em primeiro lugar pelos pais e/ou familiares, pela escola, pelos órgãos de comunicação social, pelos fazedores de opinião, a quem se pede mais uma vez um papel interventivo, não passivo, deixando para os outros o que cabe a cada um no seu lugar desempenhar.
No mundo do trabalho, onde os direitos e deveres mais se questionam, onde existem contratos celebrados, preto no branco, como soe dizer-se, assistimos todos os dias ao incumprimento das regras básicas dos deveres e dos direitos quer por parte da entidade patronal quer por parte dos trabalhadores.
Como a cadeia parte sempre pelo elo mais fraco, as vítimas são quase sempre os trabalhadores, pese embora tenham os Sindicatos a defendê-los, mas também eles não cumprem para poder exigir, porque nalguns casos, foram coniventes com permissões que degeneraram em passividade.
Quando um trabalhador cumpre com o seu dever tem e deve exigir os seus direitos, sob pena de ser utilizado e abusado pelo empresário menos escrupuloso e cumpridor.
Por seu lado um empresário que cumpre com os seus deveres como empregador tem o direito de exigir do trabalhador que cumpra com os deveres estipulados em contrato individual ou colectivo.
Estes são os princípios em que deve assentar a relação laboral, porém, constata-se que na realidade assim não acontece e a todo o momento somos confrontados com notícias de despedimentos, de greves, de lockout, de fecho de empresas que não se conseguiram aguentar nessas disputas laborais, na maior parte das vezes por incumprimentos das duas partes que redundaram num extremar de posições que a nenhuma interessava.
No meio desta encruzilhada de extremismos, paga sempre o justo pelo pecador.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
O EXEMPLO
segunda-feira, 13 de julho de 2009
PROMESSAS POLÍTICAS
Em trinta e cinco anos que levamos de democracia continuamos a ouvir os políticos prometer o que geralmente não cumprem. Como é que podemos acreditar neles?
Da esquerda à direita todos prometem coisas que sabem à partida que não podem cumprir. Fazem-no antes que outros se antecipem, com o intuito de ganhar votos, autênticos vendedores de "banha de cobra".
Nos meus tempos de garoto havia uma feira (ainda há) na minha terra, onde costumavam ir os charlatães vender produtos mais ou menos ilusórios tentando enganar o "Zé povinho". Entre eles ia um que pelas suas qualidades e dotes oratórios cativava os mais crentes. Era o vendedor de"banha de cobra" que reunia à volta dele grande número de pessoas fascinadas pela improvisação célere.
Os políticos de agora, indistintamente, fazem-me lembrar o vendedor de "banha de cobra" dos meus tempos de criança, com a vantagem que os charlatães ainda davam alguma coisa em troca dos escudos com que pagávamos o milagroso produto, enquanto que actualmente os políticos que nos conseguem convencer com promessas ilusórias, nada nos dão em troca dos impostos com que nos sobrecarregam quando atingem o poder.
Quanto dinheiro se gasta em campanhas eleitorais, pagas com o nosso dinheiro, para nos venderem ilusões?
Em nome da liberdade cometem-se tantos atentados à liberdade dos outros que se começa a por em causa essa mesma liberdade.
O 25 de Abril restituí-nos a liberdade de nos podermos expressar livremente, mas, quando em nome da liberdade se ousa afirmar coisas que não se pode cumprir, não se está a dignificar esse princípio supremo da humanidade que é a liberdade individual de todo o ser humano. É uma afronta e uma violação aos mais nobres princípios da democracia, falar em nome dela, mas subvertendo-a, desvirtuando as regras basilares em que ela assenta.
As campanhas eleitorais em vez de contribuírem para o engrandecimento e valorização da democracia, estão gradualmente a arruinar os valores que ela encerra. Em vez de serem um veículo de esclarecimento sobre questões importantes para a comunidade, são normalmente aproveitados para esgrimir na praça pública, combates sórdidos desprovidos de ideias e conteúdos, transformando-se quantas vezes em ataques pessoais que em nada dignificam os contendores e muito menos a democracia.
Atacam-se uns e outros pelo que fizeram e pelo que deixaram de fazer e não se procura como fazer, para melhorar o estado das coisas.
Será que os políticos quando falam estão convencidos que alguém de boa fé e minimamente esclarecido ainda acredita neles ao fim de 35 anos nos andarem a ludibriar, cada um à sua maneira, com promessas que não cumprem quando alcançam o poder?
Verifica-se estatisticamente que ao longo de 35 anos de democracia, a participação em actos eleitorais, percentualmente tem vindo a diminuir.
Para mal da democracia esses valores tenderão a acentuar-se negativamente. Os jovens não estão motivados, estão desiludidos, descrentes, por isso não votam. A população está envelhecida, tendo como consequência natural a diminuição do número de votantes.
O que será da nossa jovem democracia a curto prazo?
quinta-feira, 9 de julho de 2009
DIREITOS E DEVERES (I)
Reporto-me essencialmente ao sector da restauração e serviços afins onde se nota mais esta disfunção tendo por base os dois parâmetros essenciais a um bom relacionamento:- a educação e formação.
O servidor deve prestar ao cliente um serviço eficaz, tendo sempre presente que o cliente não é uma pessoa qualquer, mas sim um "amigo" que deu preferência ao seu estabelecimento, por isso merece atenção especial, dentro dos limites de educação e respeito mútuos.É ele quem pede e paga o serviço por isso tem direito a exigir que esse mesmo serviço lhe seja prestado com eficiência e correcção.
O cliente, sendo aquele que paga, tem o direito de exigir e reclamar, dentro dos princípios da boa educação.
Existem três tipos de clientes:-os intolerantes; os tolerantes e os indiferentes.
Os intolerantes são aqueles que nada desculpam e que são assertivos, agem no acto, chamando à atenção do servidor.
Os tolerantes são aqueles que vão desculpando gradualmente as faltas do servidor; vão "enchendo o saco" até que um dia rebenta. Pertencem ao grupo no qual me incluo.
Os indiferentes, como o próprio nome indica são aqueles que tudo desculpam e que não agem.
Quanto aos servidores, a classificação baseia-se nos dois parâmetros referidos atrás, educação e formação. Assim temos:-os que tem educação e formação; os que tem educação mas não tem formação; os que tem formação mas não tem educação e, por último, os que não tem nem uma coisa nem outra.
Os primeiros, que deviam ser a maioria, são raros. Encontram-se essencialmente em serviços que primam pela qualidade, os bons hotéis e restaurantes de luxo em que o grau de exigência é maior e a selecção mais apurada. Notam-se pela apresentação, pelo trato, pela discrição e bom senso.
Os segundos, tem a seu favor uma qualidade que é fundamental em todo o ser humano-a educação. São normalmente humildes, pedem desculpa por tudo, agradecem, mas falta-lhes o complemento da formação necessária ao desempenho do ofício. São em maioria, encontramo-los nos restaurantes, hotéis, bares, duma forma geral. Pena que não tenham recebido formação adequada.
Os terceiros, são normalmente eficientes, sabem do ofício porque tiveram formação imprescindível para exerceram o lugar, mas falta-lhes a educação que é o sustentáculo sólido do ser humano. Normalmente são arrogantes, boçais e inconvenientes, algumas vezes bajuladores. Nem sempre estes defeitos se encontram juntos, mas quando isso acontece é fugir deles.
Quanto aos últimos, não tem nada que os valorize. São uma minoria porque o meio os rejeita naturalmente em pouco tempo e não sobrevivem. Encontramo-los às vezes nos restaurantes, casas de dormidas e cafés dalgumas vilas e aldeias, onde normalmente são proprietários ou familiares e onde o lucro é o único objectivo. A imprensa diária por vezes relata casos de agressões verbais e físicas desses donos ou familiares a clientes.
Se cada um de nós souber dar-se ao respeito e respeitar os outros,atendendo aos deveres e direitos de cada um, está a contribuir para a preservação da liberdade individual e a contribuir para a construção da democracia e ... da paz!
terça-feira, 7 de julho de 2009
VIOLÊNCIA
domingo, 5 de julho de 2009
ESTADO DA NAÇÃO
Foi com base nas trapalhadas do anterior governo que o sr. José Sócrates conseguiu, através de um discurso empolgante e promissor, angariar os votos daqueles que viam nele uma réstia de esperança para salvar Portugal.
Tal não aconteceu e de nada vale agora justificar o fracasso da política que implementou com o passado e o erro dos outros.
A atitude maioritária e autoritária que pautou a condução do programa que delineou e colocou a sufrágio, mas que em muitos casos não cumpriu, por falta de diálogo e humildade, não criando consensos, mas antes confrontações (veja-se o caso dos professores) são o resultado a que a Nação chegou.
Logo de início perdeu a credibilidade ao desviar-se do programa eleitoral que prometeu aos portugueses cumprir, depois não cedeu a coligações ou pactos de regime em domínios importantes como a justiça, a educação, a saúde, bases do sistema democrático, sem respeito pelas bases que o elegeram e que estão disseminadas por todos os sectores sociais.
Governou numa atitude de crispação e populismo, procurando dar uma imagem distorcida do que na realidade se passava.
Ao apresentar agora algumas medidas mais populares na esperança de restaurar a credibilidade perdida, não vai conseguir convencer os portugueses que há quatro anos acreditaram nele. Lá diz o povo e com razão "gato escaldado..."
quinta-feira, 2 de julho de 2009
O GESTO É TUDO !...
Foram várias as "gafes" cometidas pelo sr Manuel Pinho ao longo do mandato e, só por mera teimosia, o sr. primeiro ministro o manteve em funções.
A oposição por diversas vezes reclamou a "cabeça" do ministro Manuel Pinho, mas José Sócrates não cedeu. "Branqueou" sempre as escorregadelas flagrantes do infeliz ministro que, independentemente da sua qualificação técnica, não tinha jeito nem perfil para o cargo.
Acontece agora que numa atitude inqualificável do sr. Manuel Pinho na Assembleia da República, deita tudo a perder, para o governo e para o Partido Socialista liderado pelo sr. José Sócrates.
Dir-se-á que é a paga por tanta arrogância e obstinação e, numa fase em que o governo e o partido estavam a tentar levantar-se do abanão das Europeias, embora dubiamente, este acontecimento deita por terra qualquer tentativa de melhorar a imagem.
Costuma-se dizer que "é melhor cortar o mal pela raiz"; o sr. primeiro ministro com a sua obstinação, arrogância e teimosia não o quis fazer quando devia e teve de o fazer quando não queria.
No seio do governo e principalmente no Partido Socialista, quantos a esta hora não estarão a odiar o pobre e desajeitado Manuel Pinho, que não tinha vocação nenhuma para a política, pelo acto tresloucado e irreflectido, que lhe tramou a vida e a de muitos outros correlegionários, incluindo naturalmente o amigo Pinto de Sousa que um dia se lembrou de o convidar para o cargo.
O gesto em si revela pouca educação, fraco sentido de Estado e falta de respeito por um órgão de soberania como a Assembleia da República e os deputados eleitos pelo povo.
Perante este exemplo pouco dignificante, que legitimidade tem os políticos para pedir aos portugueses para irem votar?
terça-feira, 16 de junho de 2009
INGENUIDADE
Defendeu-se como pôde e soube, mas teve a "ingenuidade" de afirmar que os inspectores do Banco de Portugal encarregues de fiscalizar o BPN não cometeram qualquer negligência, mas poderão ter sido ingénuos ao ponto de se deixarem iludir pelo Presidente do BPN da altura, o sr. dr. Oliveira e Costa, que em tempos já trabalhou no Banco de Portugal, portanto uma pessoa que merecia toda a credibilidade aos auditores do Banco de Portugal.
Santa ingenuidade sr. Governador! Como podemos nós meros contribuintes acreditar nos ingénuos auditores do Banco de Portugal? Só por simples ingenuidade!
Não queira fazer-nos passar por ingénuos sr. Governador. Se os ditos auditores por "ingenuidade" deixaram de actuar em conformidade, impedindo que o BPN chegasse ao ponto de ruptura a que chegou, não merecem estar nos lugares que ocupam, por esse motivo devem ser demitidos e substituídos por outros menos ingénuos e mais zeladores do interesse público.
Se, como o sr. Governador diz que assume toda a responsabilidade mas que não se demite, só lhe resta demitir quem não actuou com a devida isenção e rigor, fazendo cumprir a lei mesmo que pela frente se lhe deparasse o mais exemplar ex-funcionário do Banco de Portugal. Se o não fizer sr. Governador, está a pactuar com a acção ingénua (para não dizer negligente) dos funcionários em causa, portanto cúmplice dessa acção e como tal responsável.
Não acredito que o faça. Quem, afirmando-se responsável, não tem a coragem de se demitir no interesse geral do país, também não tem a coragem de demitir aqueles que aponta como tendo sido ingénuos, a menos que haja alguém que o faça por si e, para isso, terá de o demitir primeiro.
Já hoje ouvi dizer a comentadores credíveis e com os quais concordo que o sr. Governador é um economista brilhante e um técnico muito competente. Não é isso que está em causa sr. Governador, nem o seu brilhantismo nem a sua competência, mas sim a sua credibilidade. Depois do que o sr. disse na A.R. tentando branquear a actuação do Banco de Portugal neste caso, insinuando que a acção dos auditores terá sido ingénua, não abona nada em seu favor e do Banco de Portugal, onde existem pessoas que se deixam levar ingénuamente em assuntos muito sérios.
A credibilidade do Banco de Portugal ficou afectada, é uma Instituição que tem de ser credível, é um regulador de todo o aparelho monetário. Se o organismo regulador não oferece confiança, é grave para todo o sistema financeiro que, queiramos ou não, se vai repercutir na economia, no emprego e em tudo o mais correlacionado.
Estamos fundeados num ambiente de crise. Só poderemos levantar âncora e navegar em direcção a porto seguro se o comandante do navio, isto é, aqueles que nos governam e dirigem os destinos da Nação, forem de confiança e, confiantes, levem o navio a bom porto.
Esperamos que o bom senso impere e os visados coloquem o interesse público acima do interesse particular e, em nome de Portugal, reflictam, ponderem e tomem as decisões certas para desencalhar este navio e pô-lo de novo a flutuar, tapando os rombos que alguns incautos e ingénuos fizeram, sob pena de, se assim não actuarem, afundarem definitivamente este país.
Aguardamos por ordens prontas e precisas, o tempo urge.
domingo, 14 de junho de 2009
AS ELEIÇÕES EUROPEIAS
Os portugueses estão cada vez mais cépticos dos políticos. A campanha para as europeias limitou-se, salvo raras excepções, a uma troca de acusações mútua que em nada dignificaram os intervenientes e nada de novo trouxe que pudesse mobilizar os portugueses para os problemas europeus. Afinal era a EUROPA o centro do debate político e não outro qualquer tema por mais relevante que fosse.
Também votei, porque o voto é a arma que tenho para demonstrar aquilo que sinto, e aquilo que quero. O meu voto, foi um voto de protesto contra todos os políticos que se julgam donos e senhores do poder que lhe damos através do voto e depois nada fazem por o merecer. Foi por isso um voto em BRANCO porque não me revejo em nenhuma ideologia, muito menos nos políticos que se apresentaram ao eleitorado.
Estavam todos mais preocupados em defender o seu (deles) espectro político e o emprego que lhes garanta por mais quatro anos a permanência no Parlamento Europeu (alguns até se candidataram em duas frentes com medo de perder num dos lados), do que em defender o interesse colectivo.
Infelizmente este cenário tem acontecido invariavelmente ao longo dos anos, depois que os heróicos CAPITÃES DE ABRIL restituíram a liberdade ao povo. Até ao momento (e já lá vão 35 anos), não houve nenhuma força politica, nem político que utilizasse conveniente e inteligentemente o único potencial que possuímos - o ser humano, em todos os aspectos intrínsecos, dando-lhe formação e cultura, utilizando aquela máxima UM POVO INSTRUÍDO É EVOLUÍDO.
O que se fez então? Todos sabemos como foram gastos os milhões que vieram da Europa. Aqui não há força política que esteja isenta. Todos, em especial os que detiveram as rédeas do poder, foram coniventes com a forma como foram aplicados os dinheiros que a Europa nos emprestou para modernizarmos o nosso país e nos aproximarmos da média comunitária, em especial os que tinham por base o melhoramento da educação, do ensino, em suma da formação e engrandecimento cultural. Se o tivéssemos feito estaríamos agora numa posição preponderante e preparados para enfrentarmos todas as crises. Continuamos a enganarmo-nos e a tentar enganar a Europa com números de "literacia" proveniente das NOVAS OPORTUNIDADES que não são mais do que remediar o que jamais será remediado, porque já diz o povo " árvore que nasce torta nunca mais se endireita".
PUDOR E BOM SENSO
Cada vez mais o sentido da decência e do pudor estão pervertidos e arredados dos elementares princípios que devem nortear o comportamento do ser humano, enquanto parte de uma comunidade.
Em nome da liberdade cometem-se os mais ignóbeis e inverosímeis actos de atentado ao pudor e dignidade do ser humano. Esses actos em nada dignificam quem os pratica e, ao contrário do que pensam os intervenientes, são um atentado à liberdade dos outros, porque colidem com um princípio básico que é “a minha liberdade termina quando começa a tua”.
Hoje, domingo dia 7 de Junho, dia de eleições para o Parlamento Europeu, assisti a um episódio que me indignou não só pelo acto em si, mas também porque me coartou a minha liberdade enquanto cidadão e utente do Ginásio/ SPA que habitualmente frequento.
Depois de ter feito a minha marcha na passadeira e como a piscina estivesse lotada naquele momento, fui para a piscina de lazer e jacuzzi. Para meu espanto estava um casal de jovens ( macho e fêmea, nos tempos que correm é bom que sejamos claros) no jacuzzi enleados um no outro, boca na boca e com movimentos característicos e típicos de quem está a fazer sexo. Passei, fui banhar-me nos chuveiros, voltei a passar e nem deram por mim de tal maneira estavam concentrados no acto.
Na piscina de lazer encontravam-se mais três pessoas que se deleitavam com o borbulhar dos jactos que emergiam do fundo da piscina e estavam em posições abdominais ou sentadas não tendo visibilidade para o jacuzzi. Sómente quem estivesse de pé e atento ao episódio que se estava a passar podia decifrar a cena caricata que os dois jovens, alheados de tudo e de todos, continuavam a executar com prazer.
Sem saber bem o que fazer numa situação como esta resolvi estender-me de costas sobre os jactos de borbulhas que me mantinham à superfície enquanto pensava e desviava o olhar de tão ridículo acontecimento.
Enquanto saboreava os gorgulhões de água vindos do fundo da piscina, e como era a pessoa que estava mais próximo do jacuzzi, ouço um Aaaaahhh!!! de prazer soltado pelo macho, abafado pelo borbulhar da água, imperceptível aos restantes elementos que se encontravam na piscina. De imediato levantei-me e pude ver os dois, um para cada lado do jacuzzi, com as cabeças apoiadas na beira voltados para cima, numa atitude de quem estava exausto mas satisfeito.
Ninguém mais se apercebeu do sucedido (penso eu) e resolvi sair da piscina e nem sequer pensei esperar que o jacuzzi ficasse livre daqueles intervenientes. Fiquei enojado só de pensar que talvez já me tenha banhado em águas tão imundas como estas depois destes dois seres as terem conspurcado com os odores e dejectos de sémen e de outras mucosidades próprias do acto de cio que acabavam de praticar.
Isto fere os mais elementares direitos do cidadão e vai de encontro aos princípios de liberdade que todos devemos preservar e cultivar. Não estou contra o acto em si, é salutar e próprio de dois seres jovens de sexos diferentes, mas estou contra a forma e o local em que o praticaram, indo de encontro aos mais elementares princípios de pudor e salubridade públicas.
Não sei se a câmara apontada para o jacuzzi, aí colocada para visualizar possíveis acidentes que possam ocorrer (e não só, como podemos constatar) estava ligada. Vou indagar nos próximos dias para meu bem e de todos quantos utilizam este espaço de lazer, procurando desta forma salvaguardar acontecimentos futuros desta natureza ou semelhantes que violem os direitos dos outros.