terça-feira, 7 de julho de 2009

VIOLÊNCIA


Todos os dias somos confrontados com casos de violência.
Os órgãos de comunicação poem-nos ao corrente dos mais intrincados casos, poucos minutos após os factos terem ocorrido.
Vivemos na era da comunicação. Há quem defenda que determinados acontecimentos, pela sua violência atroz, deviam ser resguardados para não afectar os mais susceptíveis e vulneráveis emocionalmente.
Pessoalmente, e para me proteger emocionalmente, prefiro não saber, ouvir ou ver. Cada um terá de se precaver tendo em atenção as próprias vulnerabilidades emocionais.
Algumas estações televisivas relevam a divulgação desses acontecimentos como o mais importante, relegando para segundo plano outros aspectos sociais que em meu entender deviam contribuir para a formação pública constituindo uma forma de atenuar a própria violência.
Há quem goste de ouvir e ver relatar histórias tétricas, fomentadoras de violência. Costuma-se dizer que "violência gera violência".
Não sou psicólogo, no entanto considero que uma criança, um jovem, mesmo um adulto, que todos os dias houve e vê cenas de violência, terá naturalmente propensão a ser violento.
Qual a forma de evitar este fenómeno?
Respeitando o direito à informação que os canais televisivos tem, especialmente em ser verdadeiros e objectivos, há formas de evitar ser dramático e horrendo. Basta que se abdique do impacto que uma notícia tem junto do público e que capta audiências, para atenuar o choque emocional que ela contém.
O que se verifica infelizmente é que os média, por vontade própria ou não, procuram muitas vezes enfatizar ainda mais a notícia com o intuito de chamar a si mais audiências(canais de televisão) ou vendas (jornais) através de manchetes apelativas.
Em sua defesa os média argumentam que só vê quem quer. É um facto, mas é difícil, senão impossível evitar de ver. É um marketing semelhante ao utilizado nas grandes superfícies comerciais em que o produto é colocado no nosso caminho, mesmo em frente aos nossos olhos, apelativo.
Se pensarmos no impacto  que pode causar em grupos de risco como são as crianças e os jovens e extrapolarmos para a vida real, escolas e outros locais propícios a aglomerações, não ficamos surpreendidos com a violência que ocorre.
Ultimamente tem  crescido entre os jovens a aquisição de filmes, jogos e vídeos violentos. Isto leva-nos a pensar acerca do tipo de sociedade que estamos a criar e qual será o futuro da humanidade.
Foi preciso um alerta sobre o problema ambiental para os governantes e organizações de defesa do ambiente começarem a tomar medidas concretas em sua defesa. Será que é necessário acontecer algo medonho para nos alertar para os problemas da violência?

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