quarta-feira, 2 de novembro de 2011

OS MALES DA «MOVIDA»


Hoje, li no Jornal de Notícias, que a Câmara Municipal de Viana do Castelo, apoia a proposta apresentada à autarquia, para revitalizar os espaços onde outrora funcionou a fábrica de chocolates «A Vianense”. Parece que está nas intenções dos promotores do projeto a instalação de uma unidade hoteleira que faça relembrar a história daquela fábrica em que o chocolate seja o tema de enfoque. É uma boa notícia.
No mesmo jornal era abordado ainda outro tema que preocupa as populações residentes na área da Ribeira do Porto, onde a «movida» noturna, fomentada e autorizada pela Câmara do Porto, está a transformar aquela zona num pandemónio, onde é impossível viver com o ruído pela noite dentro, a sujidade e o total desrespeito pela lei. É uma má notícia.
Aparentemente estes dois temas antagónicos (boa/má notícia) nada teem em comum, quer pela temática quer geográficamente. Na verdade teem muito em comum. Uma unidade hoteleira deve, para além de outros requisitos, estar situada numa zona sossegada que possibilite aos hóspedes pernoitarem tranquilamente e no dia seguinte acordarem satisfeitos.
Ultimamente, na cidade de Viana do Castelo, foi permitido a instalação de bares noturnos em zonas onde já existiam unidades hoteleiras, prejudicando o repouso dos moradores e dos hóspedes que nos visitam e deixando as ruas pejadas de lixo.
Aos promotores deste projeto hoteleiro, digno de louvor, aqui fica o alerta. Arranjem antecipadamente a garantia que não vão ser autorizados bares noturnos nas proximidades da unidade hoteleira que pretendem implementar.
Viana do Castelo, 2011-11-02
Manuel de Oliveira Martins