domingo, 14 de junho de 2009

AS ELEIÇÕES EUROPEIAS

Mais uma vez se comprovou o alheamento dos votantes no que diz respeito à politica Europeia.
Ganhou a abstenção como era de esperar, a que se juntaram cerca de 5% de votos em branco (significativo) e 2% de votos nulos, restando apenas 30% de votos validamente expressos que elegeram os 22 deputados.
Os portugueses estão cada vez mais cépticos dos políticos. A campanha para as europeias limitou-se, salvo raras excepções, a uma troca de acusações mútua que em nada dignificaram os intervenientes e nada de novo trouxe que pudesse mobilizar os portugueses para os problemas europeus. Afinal era a EUROPA o centro do debate político e não outro qualquer tema por mais relevante que fosse.
Também votei, porque o voto é a arma que tenho para demonstrar aquilo que sinto, e aquilo que quero. O meu voto, foi um voto de protesto contra todos os políticos que se julgam donos e senhores do poder que lhe damos através do voto e depois nada fazem por o merecer. Foi por isso um voto em BRANCO porque não me revejo em nenhuma ideologia, muito menos nos políticos que se apresentaram ao eleitorado.
Estavam todos mais preocupados em defender o seu (deles) espectro político e o emprego que lhes garanta por mais quatro anos a permanência no Parlamento Europeu (alguns até se candidataram em duas frentes com medo de perder num dos lados), do que em defender o interesse colectivo.
Infelizmente este cenário tem acontecido invariavelmente ao longo dos anos, depois que os heróicos CAPITÃES DE ABRIL restituíram a liberdade ao povo. Até ao momento (e já lá vão 35 anos), não houve nenhuma força politica, nem político que utilizasse conveniente e inteligentemente o único potencial que possuímos - o ser humano, em todos os aspectos intrínsecos, dando-lhe formação e cultura, utilizando aquela máxima UM POVO INSTRUÍDO É EVOLUÍDO.
O que se fez então? Todos sabemos como foram gastos os milhões que vieram da Europa. Aqui não há força política que esteja isenta. Todos, em especial os que detiveram as rédeas do poder, foram coniventes com a forma como foram aplicados os dinheiros que a Europa nos emprestou para modernizarmos o nosso país e nos aproximarmos da média comunitária, em especial os que tinham por base o melhoramento da educação, do ensino, em suma da formação e engrandecimento cultural. Se o tivéssemos feito estaríamos agora numa posição preponderante e preparados para enfrentarmos todas as crises. Continuamos a enganarmo-nos e a tentar enganar a Europa com números de "literacia" proveniente das NOVAS OPORTUNIDADES que não são mais do que remediar o que jamais será remediado, porque já diz o povo " árvore que nasce torta nunca mais se endireita".



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