domingo, 26 de junho de 2011

ENCRUZILHADA

A Europa está numa encruzilhada da qual dificilmente sairá. A construção da União Europeia (U.E.) tem sofrido avanços e recuos, mais destes do que daqueles e, apesar do nome, nada tem de união. O ritmo elevado em que o mundo avança, não se compadece com a marcha lenta a que esta pretensa união caminha.
Os últimos acontecimentos ocorridos na Grécia, são um teste à coesão da U. E. no seu todo. A U.E. tem de avançar pelo menos ao mesmo ritmo que o mundo avança, sob pena de perder a corrida e nem se chegar a concluir o essencial para a sua existência.
Há muito que se vem notando um afastamento dos países mais ricos dos mais pobres, denotando uma atitude pouco solidária, minando a coesão que deve existir numa comunidade deste tipo. Os encontros entre os representantes das duas economias mais importantes da comunidade europeia (Alemanha e França), à margem das reuniões normais entre todos os estados membros, são uma prova inequívoca de que não existe um pensamento e entendimento comum relativamente às grandes questões.
A Grécia não tem procedido bem, é um facto, mas se for abandonada neste momento pode deitar tudo a perder. Não se trata agora de arrastar com ela os países em dificuldades, caso da Irlanda e Portugal. Com o abandono da Grécia pela União Europeia é o fim do sistema monetário, é o descalabro e desconfiança total das instituições financeiras afectas ao sistema monetário do qual o Banco Europeu é o principal visado.
A U.E. encontra-se numa encruzilhada de difícil resolução, fruto do egoísmo e falta de coesão que alguns países demonstraram, arrogando-se em donos da «União» procurando liderar o processo, intimidando os países em dificuldades, dando origem a agitação social, principalmente na Grécia, nada benéfica para manter a estabilidade no seio da «União» que se deseja mais do que nunca, agora que vão ser pedidos sacrifícios aos que mais sofrem e mais precisam.
Cabe aos órgãos de decisão da comunidade fazerem todos os esforços para manterem vivo o espírito da «União», apelando à solidariedade entre todos e exigindo aos países em dificuldades o cumprimento integral das ajudas para a sua recuperação.
Neste momento difícil do fenómeno da globalização em que o mundo se está tentando reajustar a novos cenários, só uma união forte entre estados pode sobreviver ao impacto brutal em que a economia mundial  transformou o mundo.
Novas transformações e cenários se apresentam ao nível alimentar, ambiental, ecológico, étnico e até espiritual (religioso), para que isoladamente um país possa enfrentar sozinho, sem parcerias e uniões que criem sinergias necessárias para atacar essas confrontações e desafios.
Todos esperamos que impere o bom senso tendo por meta o bem da humanidade.

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