sábado, 28 de novembro de 2009

MUDANÇA

Todos os dias ouvimos esta frase "MUDE O SEU MUNDO QUE O MUNDO MUDA", a propósito da poupança de energia. Que bom seria se cada um de nós fizesse desta frase um lema de vida. Certamente teríamos um mundo melhor, no mínimo diferente.
É necessário que apliquemos este lema a todos os actos da nossa vida, especialmente à nossa vida espiritual, interiorizando a grandeza e a profundidade que um espírito de mudança encerra.
Se conseguirmos mudar um pouco de nós mesmos, o que é difícil, porque estamos presos a hábitos e "valores" que não queremos modificar, por comodismo, inoperância, convicção, etc., estamos a contribuir para mudar o mundo.
Só nos podemos mudar a  nós mesmos, aos outros é impossível, mas a pessoa mais difícil de mudar somos nós próprios, porque somos em geral avessos à mudança, instalados no nosso amor próprio e, quase sempre, na passividade das nossas atitudes.
A mudança de atitudes é fundamental para operar uma transformação no nosso comportamento diário. Momento a momento,dia a dia, vamos adquirindo uma propensão para mudar, modificando pequenas coisas que jamais pensamos que estariam a influenciar o nosso comportamento. Ao fim de algum tempo de persistência, variável de pessoa para pessoa, verificamos que deixamos de efectuar aquele hábito que executamos durante tantos anos, que nos foi ensinado e transmitido, quantas vezes, de geração em geração. Só assim, persistentemente, vamos alcançando gradualmente um crescimento interior que nos catapulta para a mudança.
Tempos de crise, são quase sempre tempos de mudança. São exemplos, nada edificantes, as guerras, que em diferentes épocas e regiões avassalaram o mundo. Será que o ser humano está condenado a só mudar o seu comportamento através de catástrofes?
O ser humano é o único à face da terra dotado de inteligência, por isso é-lhe exigido que utilize esse dom em benefício próprio, melhorando sempre a sua actuação no sentido superior do seu crescimento interior rumo à perfeição.
O grande objectivo do ser humano é atingir a felicidade, que é relativa a cada um de nós, mas que tem em comum um estado de alma, de tranquilidade e de paz interior que só se alcançam praticando o bem.
Como é que se pratica o bem? Modificando os nossos defeitos de carácter, que adquirimos ao longo dos anos, tornando-nos pessoas melhores do ponto de vista ético, moral, social, etc. Desta forma, modificando-nos, estamos a mudar o mundo para melhor, evitando catástrofes para nos obrigar a modificar o mundo.
É pois duma forma voluntária, simples e não imposta, que podemos modificar-nos e mudar o mundo, contráriamente às catástrofes que são impostas por um conjunto de seres que nem sempre querem ou procuram os mesmos interesses, sujeitando a humanidade aos seus próprios interesses, quase sempre abomináveis.
Para mudarmos as nossas atitudes só é preciso vontade e coragem, dois ingredientes que bem doseados nos ajudam a mudar o nosso comportamento e nos permitem crescer como seres humanos duma forma saudável e equilibrada rumo à felicidade.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

"OS DONOS DO MUNDO"

Já em tempos escrevi noutro blog acerca deste tema. Volto a fazê-lo porque está sempre presente no dia a dia, em toda a parte onde infelizmente nos defrontamos com este flagelo da humanidade que corroe a sociedade em que vivemos como um nódulo de ferrugem que começa de pequena e vai alastrando sem controlo.
Os "donos do mundo" a que me refiro não são donos de nada, nem deles próprios são donos quanto mais donos de alguém. Eles são, isso sim, pessoas sem educação e formação, sem princípios elementares de vivência em sociedade que não receberam em casa e muito menos na escola, onde os professores, com medo deles e dos pais, se auto destituíram do dever de formar e educar para a cidadania, função que também compete à escola.
No mundo em que vivemos e em que tanto se proclama e invoca a liberdade, cada vez mais temos menos liberdade, por que cada vez mais as pessoas se convencem que a liberdade é exclusiva deles.
Este fenómeno vai-se alastrando pelo mundo inteiro descontrolada e impunemente, como bola de neve, sem que os governantes, a quem cumpre velar pelo bem dos cidadãos, tomem medidas preventivas que passam pela educação e dignificação do ser humano na vertente social, económica e cultural, contribuindo para a edificação de um mundo mais justo, equilibrado e humano, sem necessidade de recorrer às medidas punitivas que são na maior parte das vezes injustas, iníquas e desumanas.
A educação para a cidadania é urgente e necessária desde tenra idade, ajustada ao longo de toda a vida do ser humano para as realidades factuais da sociedade em que vivemos.
Na minha perspectiva, quanto mais cedo os governantes entenderem que esta medida de carácter social for implementada, mais cedo se conseguirá alcançar a dignificação do ser humano e consequentemente se atingirão resultados satisfatórios e compensadores do investimento feito, em todos os sectores de actividade.
A aposta no futuro está em desenvolver e fomentar acções que contribuam para a dignificação do ser humano, tornando-o um ser melhor, mais humanizado, criando desta forma riqueza cultural que se traduzirá inevitavelmente noutras formas de riqueza, porque o ser humano instruído e humanizado, vai com certeza contribuir para a construção sustentada de um mundo melhor.